A Lava Jato que parou o Brasil há três anos apresenta um novo ingrediente de conturbações e perplexidade: a “lista de Fachin”. A Odebrecht afundada em escândalo de crime de corrupção leva consigo para a lama dezenas de políticos e autoridades influentes, num país que desde o golpe de maio de 2016, está capenga, caindo pelas tabelas, numa gestão emporcalhada de autoridades envolvidas em delações e escândalos.
Segundo a imprensa nacional e internacional, que desde dessa terça-feira (11/04) inseriram em suas principais grades de programação a lista do inferno que traz dezenas de políticos delatados na operação Lava Jato. “A revelação no final da tarde de ontem do teor dos despachos do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal ( STF ), sobre os pedidos de inquérito com base na delação da Odebrecht deve ter pegado até mesmo o magistrado de surpresa”.
Nos telejornais ouvimos de que a expectativa era que a divulgação da decisão ocorresse só depois da Páscoa, mas o vazamento dos documentos para o jornal O Estado de S. Paulo acelerou o processo. Seu conteúdo deixou claro que a “delação do fim do mundo” faz juz ao nome. Entretanto, parlamentares já fizeram algumas alegações de que o “vazamento” transforma as delações em provas irregulares, portanto, o “vazamento” tende a beneficiar o delatado.
A farta publicidade nos noticiários nacionais e na imprensa escrita dá conta de que “quase uma centena de políticos com foro privilegiado serão investigados sob a jurisdição do Supremo Tribunal Federal. Só do governo de Michel Temer, são oito ministros que entraram para o time de políticos investigados no Supremo– entre eles, o homem forte do presidente: o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha”.
Bastante divulgado também é que o Ministro Fachin remeteu outros 201 pedidos de inquérito para instâncias inferiores. Sendo que nessa lista, consta 9 governadores e 3 ex-presidentes da República, entre outros políticos sem foro no STF.
Porém, apesar do grande barulho midiático alguns especialistas no assunto acreditam que as condenações não avançarão muito.