A grande imprensa, de modo geral, tem noticiado a necessidade emergencial de aprovar a Reforma da Previdência Social. O discurso, que atende aos anseios dos megaempresários e governo, é de que as pessoas estão envelhecendo mais e que o sistema irá falir se a reforma não ocorrer, além de não informar acerca da conclusão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Previdência.
Essa CPI, em 23 de outubro do ano passado, concluiu que a Previdência é superavitária e a reforma visa sacrificar os mais pobres. Hélio José, senador pelo Partido Republicano da Ordem Social (PROS) do Distrito Federal e relator da CPI da Previdência, apresentou relatório final da comissão, que averiguou as contas de seguro social do Brasil: "tecnicamente, é possível afirmar com convicção que inexiste déficit da Previdência Social ou da Seguridade Social".
Sobre o provável déficit previdenciário de R$ 226,9 bilhões, em 2016, conforme constatação do Tribunal de Contas da União (TCU), que leva em conta o rombo do INSS e do regime dos servidores da União, Hélio José frisa que essas projeções do governo não condizem com a realidade e que foram construídas para sustentar essa reforma. "São absolutamente imprecisos, inconsistentes e alarmistas, os argumentos reunidos pelo governo federal sobre a contabilidade da Previdência Social", resume Hélio José.
Pois bem, entre tantos exemplos da parcialidade da imprensa, cito a ida de Michel Temer, presidente do Brasil, aos programas populares televisivos de Ratinho e Silvio Santos para tentar domesticar a população. Ao agir dessa forma, a grande mídia falta com a ética e faz propaganda enganosa sobre a Previdência.
Estimados (as) leitores (as) assistam, por gentileza, breve vídeo esclarecedor que aborda a falaciosa Reforma da Previdência AQUI
Jorge Antonio de Queiroz e Silva é historiador, palestrante, professor.