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Por Joaquim B. de Souza, Editor
Terça-feira, 09/09/2016, 10h40
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Jornada de 12 horas, extorsão e expropriação da força de trabalho
O modelo de produção capitalista sempre encontra artifícios para extorquir e expropriar o trabalhador. Carga horária diária de 12 horas é uma delas.
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Imagem: reprodução/Caixa
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Noticiários dão conta de uma tremenda lambança com a classe dos trabalhadores está para acontecer com a revogação de direitos trabalhistas que vem sendo conquistados desde a CLT de 1943, do então presidente Getúlio Vargas. Segundo o ministro do trabalho, Ronaldo Nogueira, do atual governo eleito de forma indireta pelo Senado Federal, vem sendo amplamente divulgado na imprensa, o governo vai propor carga diária de 12 horas, desde que não exceda o limite de 48 horas semanais.
A lambança é tão grande que a conta matemática simples não fecha: como que um trabalhador, trabalhando 12 horas diárias vai cumprir 48 horas semanais? Esse é mais um golpe de um governo ilegítimo e irresponsável. Para cumprir 48 horas serão apenas 4 dias por semana, como os empresários farão com outros 2 dias restantes? Mas o golpe está exatamente aí: trabalha-se 48 normais e mais 24 horas extras semanais. Pergunto: que empresário vai aguentar para tantas horas extras? Portanto, a ideia é, fazer o trabalhador cumprir essa absurda carga horária, mas não remunerá-lo integralmente; talvez enfiar goela abaixo aqueles famigerados bancos de horas.
A mudança nas regras trabalhistas elaborada pelo governo Temer, informou o ministro, manterá a jornada de trabalho de 44 horas semanais, mas irá prever a possibilidade de quatro horas extras, chegando, portanto, a 48 horas na semana. Essa conta não fecha, portanto, é um grande golpe para cima da classe trabalhadora. A farsa é tão grande que se esqueceram de que qualquer criança tem uma calculadora em seu celular. Faça as contas Sr. Ministro: 12 (horas diárias) x 6 (dias por semana) = 72 (horas semanais). Isso é o mesmo que dar a uma criança giló e falar que é moranguinho.
São tamanhas as inverdades sobre esse projeto que, no telejornal Bom Dia Brasil, um defensor do projeto justificou que a maioria dos trabalhadores é autônoma, portanto, não tem que se preocupar com as mudanças. Isso significa que, quem tem carteira assinada vai levar um tremendo golpe em seu regime de trabalho.
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