O Resultados deste Trabalho de Manejo Integrado de Pragas e Doenças na Soja, referente à safra 2013/2014, desenvolvido na propriedade do Sr. Jaime Geraldo Mantovani, foram apresentados no Encontro de Produtores de Grãos, dia 16 de maio, em Maringá, durante a 42ª Expoingá, pelo extensionista Bernardo Faccin, onde o resultado foi considerado bastante positivo desta tecnologia do MIP, que pode reduzir o número de aplicações e também o custo com inseticidas.
Acompanhe na íntegra a entrevista:
Olá a todos, sou Bernardo Faccin, Extensionista do Instituto Emater, trabalho na Unidade Municipal de Jussara. Hoje vou falar sobre os resultados dos trabalhos nas unidades demonstrativas de Manejo Integrado de Pragas.
A tecnologia do manejo integrado de pragas, MIP, vem sendo intensamente trabalhada pelo Instituto EMATER, dentro da campanha "Plante seu Futuro" do Governo do Estado.
Umas das estratégias adotadas pelo Instituto, já há algumas safras, em todos os municípios produtores de grãos do Estado foi à instalação de Unidades Demonstrativas de Manejo Integrado de Pragas.
O que são essas Unidades. São propriedades de produtores selecionados, que acreditam na tecnologia do MIP, onde o monitoramento e o controle de pragas são realizados em conformidade com as recomendações da pesquisa oficial.
Aqui no município de Jussara, nós estamos trabalhando com duas unidades demonstrativas. Vou apresentar os resultados da última safra de soja e do milho safrinha 2014, na propriedade do senhor Jaime Geraldo Mantovani, uma das nossas unidades.
O trabalho nas Unidades consiste no seguinte:
- Realização semanal de amostragens, para avaliar o número de pragas e o nível de danos causados por estas pragas.
- Só aplicar inseticidas quando o número de pragas e o nível de dano atingir o nível de controle preconizado pela pesquisa oficial.
- Controle das pragas com inseticidas de menor impacto ao meio ambiente e aos inimigos naturais das pragas.
Vale ressaltar que o município de Jussara está localizado numa região de vale, muito quente e, consequentemente, muita pressão por pragas, principalmente percevejos.
Na última safra de soja foram realizadas apenas 03 aplicações de inseticidas na Unidade, apenas 01 aplicação para controle de lagartas anticarsia (lagarta da soja) e 02 para percevejos. A média do município é bem superior, alguns produtores fizeram até 06, 07 aplicações nesta safra.
Não foi realizada nenhuma aplicação para a lagarta falsa medideira e nenhuma para as lagartas da subfamília heliothinae , uma delas a Helicoverpa armígera que causou um certo espanto por parte de muitos produtores do município no início da safra.
Houve pressão destas pragas, houve, no entanto, as amostragens apresentavam números de lagartas e nível de danos bem inferior aos níveis de controle e, portanto, não fizemos o controle.
O custo dos inseticidas na unidade ficou em 95,00/ha, alguns produtores do município tiveram um custo ao redor de 150,00/ha. Outros até mais.
No milho safrinha 2014, os resultados foram ainda melhores, principalmente em relação ao ataque de percevejos. A cultura foi implantada com semente tratada e não foi necessária nenhuma aplicação de inseticidas após a emergência do milho. No município são realizadas de 01 até 03 aplicações de inseticidas após a emergência do milho.
Portanto, o resultado do manejo integrado de pragas foi bastante positivo, pois quando se utiliza a tecnologia do MIP, reduz o número de aplicações e também o custo com inseticidas.
Inclusive, estes resultados apresentei no Encontro Regional de Produtores de Grãos, da região de Maringá, no dia 16 de maio de 2014.