Imagem: Zélia Bonamigo e Jorge Queiroz, autores do livro, e Vilson Goinski, prefeito de Almirante Tamandaré (2005-2012)
Convite à leitura
Nos 13 capítulos, uma história plural e participativa. Misturada à seriedade de um trabalho científico, que segue o rigor das teorias da História e Antropologia, encontra-se a leveza da oralidade, apresentada pelos mais diversos personagens que interagem com os leitores.
Como foi aquilo da sede que estava em Pacatuba (que tem a paca no nome) e depois passou ao Cercado? E o nome Timoneira não se relaciona aos históricos ervais, como atestaram Adayr de Lara Bini e Valter Johnson? E Tamandaré, que tem o Tamanduá no nome? As respostas são encontradas nos capítulos 1 e 2. A Paca e o Tamanduá nos responderão com maestria a essas perguntas, entre as origens do município em atas, leis, mídias, documentos e pessoas.
Prefere ler os caminhos dos tropeiros, sobre seus hábitos, ou sobre os armazéns e moinhos ou a vida na sede? Ou sobre o armazém de Domingos Scucato, tão bem descritos por Zélia Viana, Marilde Virginia Scucato Lara e Gilberto João de Lara, e o do Marmeleiro, da família de Isomira Trevisan? Os capítulos 3 e 7 terão prazer em dialogar com você.
E os temas da participação indígena, africana e da chegada dos imigrantes na história do município? Estão nos capítulos 4, 5 e 6. Temas como fornos de cal e recursos hídricos, estradas antigas e seus construtores, pedras preciosas e alianças entre os povos antigos, podem ser encontrados nos capítulos 11, 12, 8 e 2.
Quer saber sobre a biografia do prefeito e dos ex-prefeitos, a partir do que eles mesmos dizem, para realizar uma dissertação de mestrado ou doutorado? Busque as informações no capítulo 10. Quer saber o que o prefácio fala do livro? Navegue nas palavras inspiradoras do escritor e poeta João Manuel Simões, membro da Academia Paranaense de Letras.
Você quer saber sobre a vida de um grande pintor tamandareense e aquarelista? Prefere os registros de um historiador? As fotografias e os textos de um poeta? Vá ao capítulo 13 e se admirará com as riquezas das artes, da história, da literatura e da fotografia.
Mas se você quiser encontrar estímulo para a pesquisa, formulamos o convite para ler o capítulo 9, intitulado Escreva a história do seu bairro.
Dedicamos este livro a você
Dedicamos este livro a você, que esteve presente o tempo todo em nossos pensamentos e que estimulou nosso trabalho. Mesmo sem vermos seu rosto, sentimos sua presença histórica seguindo conosco e seus vestígios nos documentos, nos caminhos, e nas paisagens do Município.
Ao mesmo tempo que contamos com o apoio da administração de Vilson Goinski (2005-2012) e a companhia das mais diferentes pessoas, na busca das fontes documentais, recebemos o incentivo dos cantos dos pássaros da região, da presença dos animais no pasto, das águas ribeirinhas, dos ventos nas montanhas, da presença do sagrado, do efêmero, do sofrimento e da alegria de participar da Vida.
Capa do livro Município de Almirante Tamandaré-PR:
uma história em constante construção.
E, contrariando o que diz Antonio Vieira, que o livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive, este livro não consegue ficar mudo - olhe para sua capa: ele diz o tempo todo: leia-me, conheça-me! As imagens dizem: "Venham me ver".
Também não é um surdo que responde: As informações históricas precisam de você para se reconstruírem, querem ouvir você. Nem é um cego que guia - seus olhos estão dia e noite fixos em seu coração para despertar cada vez mais o interesse pelo município.
As 672 páginas do livro apresentam vidas, memórias e sangue de muitos dos que habitaram ou vivem nas terras do Município, desde os primeiros moradores indígenas até os dias de hoje.
Estaremos felizes se pudermos lhe proporcionar conhecimento e autoconhecimento e, se ao nos encontrarmos na rua, um dia, você nos contar que está pesquisando também.
Em Almirante Tamandaré é assim: Além das pessoas, que são atenciosas e prestativas, os visitantes são premiados pela beleza das montanhas, pelo cantar dos pássaros e pela presença dos animais. Em outras palavras, conhecer o Município é sentir a emoção de abrir um grande presente. Vamos abrir esse presente?
Parabenizamos o município de Almirante Tamandaré pelos 128 anos de existência.
Jorge Antonio de Queiroz e Silva é historiador, palestrante, professor.
Zélia Maria Bonamigo é jornalista, antropóloga.