A partir dessa segunda-feira (17/10) os professores da Rede Pública Estadual de Educação promovem paralisação geral diante dos descasos do governador Beto Richa com a categoria.
Segundo a APP-Sindicato, dois mil educadores participaram da Assembleia Estadual da APP-Sindicato que definiu greve geral, alegando que o governador descumprir o acordo de 2015 para interromper a greve que durava 44 dias.
De acordo com o portal da APP-Sindicato ficou estabelecido o seguinte:
Pauta da greve
“A pauta de reivindicação desta greve é a retirada das emendas da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), contidas na Mensagem 043/2016 que acabam\alteram o pagamento da data-base; pagamento das dívidas com os(as) educadores(as) (promoção e progressão, equiparação do salário dos funcionários e funcionárias agente I ao mínimo regional e reajuste de vale transporte para os educadores e educadoras PSS); a retirada da falta do dia 29 de abril; a manutenção do PDE e das licenças especiais e, no âmbito nacional, contra a MP do Ensino Médio, a PEC 241, o PLS 54 (antigo PL 257) e contra a reforma da previdência”.
Calendário da Greve
Desde o dia 12 de outubro – organização dos comandos de greve e mobilização em todas as cidades do Estado.
13 de outubro – Debate sobre a MP do Ensino Médio, organizado pela SEED, nos Núcleos Regionais de Educação. Haverá representação da APP indicado contrariedade ao debate limitado proposto pelo governo.
14 e 15 de outubro – Vigília e mobilização junto aos deputados e deputadas estaduais.
17 de outubro – Início da greve geral dos trabalhadores e trabalhadoras da educação pública estadual.
18 de outubro – Debate público sobre Ensino Médio no Centro Cívico, em Curitiba (com indicação de debates públicos pelo interior).
19 de outubro – Reunião do FES com o governo. Concentração em Curitiba e Região Metropolitana. Reunião com o comando estadual de greve para avaliar a convocação de uma assembleia estadual.
25 de outubro – Ato estadual do FES.
11 de novembro – Greve Nacional unificada.
Nessa Assembleia Geral ficou aprovada também uma moção de repúdio ao assédio moral e repressiva praticada pelo governo. Dessa forma, a “APP reitera publicamente que é contrária a qualquer forma de coação ou repressão ao exercício do direito à manifestação, ato público ou movimento grevista”.
Contudo, as opiniões dos estudantes do ensino médio estão divididas, devido estar muito próximo do final do ano letivo e pode comprometer, principalmente, os alunos do terceiro ano que pleiteiam a Universidade no ano que vem.
O deputado Federal, Zeca Dirceu, em seu portal manifestou a sua opinião a respeito da greve: “Quero me solidarizar com os professores e lembrar a população que quando há movimentos de desmonte das condições de trabalho dos servidores públicos, quem perde não são só os servidores públicos, perde também a população que depende dos serviços gratuitos da educação, da saúde e de tantas outras áreas", comentou o deputado Zeca Dirceu. "Esses profissionais vão estar trabalhando desmotivadas e vão ser cada vez menos valorizados. Nós vamos ter cada vez menos profissionais comprometidos e qualificados para atender de forma eficiente o cidadão que precisa de saúde e educação gratuita. É vergonhosa a proposta encaminhada à Assembleia pelo Governador Beto Richa, de congelar reajustes que
estavam acordados há muito tempo. Acordo tem que ser cumprido”, afirma em sua mensagem de e-mail marketing.