Michel Temer completa 100 dias no poder

Na montagem do primeiro escalão não optou por mulheres e tampouco negros (as). Pressionado, Temer convidou, mas para o segundo escalão, Maria Silvia Marques para a presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Flávia Piovesan para a Secretaria de Direitos Humanos.

Três ministros caíram. Numa conversa (gravada) em março, divulgada pelo jornal Folha de São Paulo , Romero Jucá, ministro do Planejamento, com Sérgio Machado, ex-presidente da Petrobras Transporte S.A. (Transpetro), sugere um arranjo tendo em vista parar a Operação Lava Jato, o maior escândalo de corrupção do Planeta. Jucá foi exonerado. Fabiano Silveira, ministro da Transparência, e Henrique Eduardo Alves, ministro do Turismo, seguiram o mesmo caminho de Jucá, a partir de suspeitas de recebimentos de propinas.

Economistas, empresários e acadêmicos desconfiam de Temer no tocante à solução dos problemas econômicos, principalmente, após falhar na implantação de medidas do ajuste fiscal.

As propostas de reformas da Previdência e Trabalhista não estão agradando aos milhares de sujeitos históricos, por isso cogita-se uma provável greve geral no país.

No estádio do Maracanã, Rio de Janeiro, na abertura dos Jogos Olímpicos, 5 de agosto, Temer foi vaiado pelo público. Ele não irá à cerimônia de encerramento das Olimpíadas, neste domingo, 21, para não desgastar ainda mais a sua imagem. De acordo com o Datafolha, após dois meses de governo, somente 14% da população consideravam a gestão do peemedebista boa ou ótima.

No momento, acredita-se que a sua popularidade despencou vertiginosamente. Observam-se nuvens cinzentas nos céus de Brasília.

Jorge Antonio de Queiroz e Silva é historiador, palestrante, professor.