Por Jorge Antonio de Queiroz e Silva, historiador, palestrante, professor.
Sábado, 14/05/2016, 19h50
Observa-se um clima de euforia com a chegada do presidente interino, Michel Temer, em substituição ao afastamento de Dilma Rousseff. Eu, particularmente, não acredito nesse governo.
(Imagem: reprodução/Contexto Livre)
A valorização da diversidade, um dos assuntos corriqueiros do dia a dia escolar, parece não estar na pauta do governo Temer. No seu Ministério não existe nenhuma mulher e nem tampouco um (a) negro (a).
É assustadora a escolha de Mendonça Filho, do Partido Democratas (DEM), para o Ministério da Educação e Cultura, pois a sua sigla foi contra as ações afirmativas, ao entrar com recurso no Supremo.
Ora, as ações afirmativas são politicas, extremamente humanas, cujos objetivos são a destinação de recursos em prol de pessoas pertencentes aos grupos discriminados e vÃtimas da exclusão social e econômica, ou seja, as ações afirmativas levam em conta os sujeitos históricos que sofrem discriminações étnicas, religiosas, raciais, de gênero, entre outros, e possibilitam a participação dessas minorias no acesso à educação, saúde, ao emprego e bens materiais.
Se as ações afirmativas são tão importantes a ponto de combaterem as discriminações e estimularem a prática de uma educação de qualidade, a que conclusão podemos chegar nesse momento ao vermos a desvalorização por parte desse Partido?
E tem mais. Temer falou na quinta-feira, 12 de maio, em seu pronunciamento de posse, que combaterá a corrupção. No entanto, 13 dos 24 ministros respondem a processos por irregularidades em eleições, contas e por improbidade. Vamos nos iludir?