Por Joaquim B. de Souza, Editor
Sábado, 27/05/2017, 16h35 + notícias
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Vandalismo em Brasília versus atentado no Riocentro
Foto Riocentro: Anibal Philot/Agência O Globo
Comparando as imagens do atentado no Riocentro, em 1981, feito por militares e de policiais quebrando vidraças durante a manifestação em Brasília (24/05), qual é a conclusão?
Esse é o nome pelo qual ficou conhecido "um frustrado ataque a bomba que seria feito no Pavilhão Rio centro, no Rio de Janeiro, na noite de 30 de abril de 1981, por volta das 21 horas, quando ali se realizava um show comemorativo do Dia do Trabalhador, durante o período da ditadura militar no Brasil, com único propósito culpar à esquerda e opositores do governo da grande tragédia se tivesse ocorrido".
Segundo o Wikipédia, "as bombas seriam plantadas pelo sargento Guilherme Pereira do Rosário e pelo então capitão Wilson Dias Machado. Por volta das 21:00 Horas, com o evento já em andamento, uma das bombas explodiu dentro do carro onde estavam os dois militares, no estacionamento do Rio centro. O artefato, que seria instalado no edifício, explodiu antes da hora, matando o sargento e ferindo gravemente o capitão Machado".
A intenção do governo na ocsião era culpar "radicais da esquerda pelo atentado. Essa hipótese já não tinha sustentação na época e atualmente já se comprovou, inclusive por confissão, que o atentado no Rio centro foi uma tentativa de setores mais radicais do governo (principalmente do CIE e o SNI) de convencer os setores mais moderados do governo de que era necessária uma nova onda de repressão de modo a paralisar a lenta abertura política que estava em andamento".
Para os historiadores, "esse episódio é um dos que marcam a decadência do regime militar no Brasil, que daria lugar dali a quatro anos ao restabelecimento da democracia".
Manifestação em Brasília
Nas palavras do próprio Ministro da Defesa, Raul Jungmann, o movimento degringolou se tornando baderna e vandalismo. Devido a um grupo infiltrado de cerca de 50 pessoas usando máscaras promoveu um quebra-quebra em meio à manifestação contra o governo do presidente Michel Temer em Brasília, que pedia sua cassação devido a medida duras praticadas contra a população brasileira.
Entretanto, segundo o Blog do Esmael, viralizou nas redes sociais um vídeo em que policiais são flagrados quebrando vidraças de um prédio público. Blog do Esmael “questionou integrante de alta patente da PM-PR sobre a veracidade das imagens. Segundo o militar, sim, são verídicas, mas não dá para precisar o local exato do vandalismo praticado pelos fardados”. Fica então a pergunta: sob o comando e interesse de quem esses policiais praticaram esses atos de vandalismo? Portanto, que o movimento saiu do controle todos sabem, mas a interesse de quem? Dos organizadores do movimento claro que não.
Form veiculadas imagens na imprensa e nas redes sociais, de grupo desses mascarados destruindo persianas e vidraças de pelo menos cinco ministérios, entre eles o da Integração Nacional, o do Trabalho e o da Agricultura. Este último havia sido cercado por tapumes, mas, mesmo assim, teve os vidros quebrados. Também foram depredados paradas de ônibus, placas de trânsito, orelhões, holofotes que iluminam os letreiros dos ministérios e até banheiros químicos que haviam sido instalados para a manifestação.
Contudo resta perguntar: estão sendo investigadas as pessoas infiltradas que promoveram o quebra quebra? A serviço e interesse de quem elas estavam?