Ao transitar por ruas esburacadas, mal iluminadas, praças abandonadas, saúde decadente, educação precária, você se lembra só do mau gestor ou se lembra do mau eleitor?
O telejornal Bom Dia Brasil exibiu uma série de reportagens sobre as precariedades de administrações públicas desse Brasil afora, responsabilizando aquele eleitor que vende o voto, pois ao trocar o seu voto por uma cesta básica, alguns litros de gasolina e outros favores, está isentando o gestor de respeitar esse voto.
“Voto não tem preço, tem consequências”, com essa frase o jornalista Chico Pinheiro expressou sua indignidade por tanto descaso com a coisa pública. Outra frase adotada, principalmente em período eleitorais é “candidato que compra voto não merece ser votado”, entretanto, já parou para pensar nos eleitores que vendem seus votos?
A Lei 9.840/99, que garante mecanismos de punição a práticas de abuso de poder econômico e compra de votos em campanhas eleitorais, diz que "constitui captação de sufrágio, vedada por esta lei, o candidato doar, oferecer, prometer, ou entregar, ao eleitor, com o fim de obter-lhe o voto, bem ou vantagem pessoal de qualquer natureza, inclusive emprego ou função pública, desde o registro da candidatura até o dia da eleição, inclusive, sob pena de multa e cassação do registro ou do diploma".
Entretanto, durante as campanhas eleitorais a Justiça que já autodenomina de cega parece ficar ainda mais cega, recrudescendo tais abusos econômicos para eleger candidatos que não irão corresponder os anseios da população.
Portanto, por um voto vendido, toda a sociedade paga!